QUANDO ÉRAMOS TRIBO
OU
COLAGENS NUM BAÚ DE LOUÇAS E LEVES SAUDADES
Parte 3/3
I
Pedrina, de Deus!
Da Vila Isabel sambosa,
da casa de Luiz Fernando
herdeiro do Brasiliana
das musas do Renascença
com Renato, o Radical
de ilógicos zoológicos
e seus livros antológicos
tudo a preço de banana
Irajá CidadeDeus
Denival, Denise Adalton
Fui além da rodovia
Vi Mariano Augusto
Ramalho sem sua Bartira
Isabel, Benícia, Miriam
(xará da irmã de Moisés)
Oubi parceiro ancestral
Cuti, Arnaldo e Abímbola
memorAbilia fayola
Semog e Souzalopes
Saudei o triunvirato
Colina, Oswaldo, Abelardo
Fesan e o Feconezu
Márcio Ebó, a Malaquias
E caí no Carnaval: “Perfume o ar, doirando o chão,
Se faz garoa chove rosas de ilusão”
Esmeralda encontra Márcio
nos quilombos de hoje em dia
II
Essa já é do Queiroz
ou de Miguelzinho Pereira
Os Maias:
Ilka, Ilmar, Irani
Esperanças e Suelis.
Edlas e Florisbelas
Jorge, Gilberto e Jorginho
Aninha, Iolanda, Julinho
Renato e Regicoeli
do Ingá e de Icaraí
nas bordas da Grande Poça
III
Do litoral ao planalto
Lydia, Domingos, Romeu
Jovitinha e Solimar
Brasa Tia Neiva e Warley
Diva, Murilo e Kimura
Ceres Rúbias de Otacílio
Nétio, Calberto, Verônica
Marcelo, Mara Sueli
Uísque com água tônica
E Edson da Regina
tão Cardoso e tão amigo
Nete, Clauzene, Osmar
Plis, Madalena, Gilberto
Pedagogos do oprimido
Em Belô, aqui pertim
Lucimar, Carzaugusto e Markim
Diva, Mazza, Vladimir
Cidinha e Célia Makota
IV
Mãe Bahia de Stella
Hilda, Vovô e Gilberto
De Atalito, o Dom Quixote
e a sua Dulce-neia
me lembram, nos Desvalidos
que o que mesmo vale a pena
é a força da amizade
todo o resto é tutameia
V
oh, minha tribo de antanho
apesar de seu tamanho
Te levarei pro Orun
nem que seja em potência
dentro desta sementinha
que guardo dentro do peito
para um dia no infinito
com cuidado (re)plantar.
Lawa