QUANDO ÉRAMOS TRIBO
OU
COLAGENS NUM BAÚ DE LOUÇAS E LEVES SAUDADES
Parte 2/3
I
Yeahdo…!
Falantes tições sinbáticos
de Togos, Jorges e Jucas
Ras A(d)rautos da luta épica
ConVicktos da perenidade telemática
Ah, Zoilda, Gil, Zenaide
Suzete, ovos e Botha
Stela e Cecília
luizindo candeias
Crispim, com sua arte
questiona esse dia de graça
No quilombo de São Sebastião
nessa terra de BasTiões
Só Alfredo e só os ares
da Lapa e da TVE,
Oh, límpios, calmos, turrões
Eis que vem a Parca (ou Jah?)
Nos arrebata Hermógenes
Não o mentor de Platão
Não o apóstolo da yoga
Mas o dread dos aclives
do Vidigal, da poesia
suporte de Juredita.
Na esteira se vão ivos
nos redivivos de Marley
nos pipocas da Bahia
recebendo Jimmy Cliff
e os longínquos Veríssimos do Norte
II
Daí, vamos Romãos à obra:
Zé Ricardo el bodeguero
Plinio, Jupi e Alafin
no turbilhão dos oitentas
Dandara, Ilê, Badauê
Dalmires, Hamiltons, Jônatas
Passarinhos, Linos, Cândidos
Els(z)as, plenas de parreiras
florescentes oliveiras
Todas elas de doçuras
III
Adélia, Deley e Lia
na soleira da biblioteca,
que chovia…
De Jota Jota e Madeira
que mesmo cupim não rói
Oh, isso me dói bem bão
como coceira no pé,
não é?
IV
É ainda o bom Paulinho,
O das sandálias ou o trovador:
Não sou eu quem me navega
quem me navega é a(dor)mor
V
Outros morros e Conceições
outros Jordans e Ainás
pernas vivas e valentes
Sigamos subindo serras
contra guerrilhas injustas
E façamos como antes
Apoiem-se em mim, meus gigantes!
VI
São Ab-dias de brisas
assoprando nos ribeiros
Alberto, Ordenaê!
Vem Jesus, O imprevisível
de Ponte Nova, veja você…
das marchas loucas da vida
mães da esperança que temos
Isso quando éramos tribo
Levo fé que ainda seremos…
Lawa